sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Para Sempre, Tricinco ALLENDE E EU - autobiografia de Raúl Iturra - (40)

E com esta nota, fecho o livro. Consciente estou de não ter referido a Maria João Mota, mas é preciso a deixar em paz para acabar a redacção da sua tese de doutoramento.



Devo confessar que estes tricinco em Portugal, têm sido um mar de rosas, comparados aos anos do Chile, de Cambridge e, especialmente, pela satisfação dada a mim da amizade, visitas, trabalhos e imensos trabalhos solicitados pelo Departamento e pelo ISCTE, hoje Governado pelo Professor Luís Antero Reto . Não apenas o corpo docente, bem como o secretariado todo, têm passado a ser a minha companhia, neste desgarrado livro, que passa a ser agora editado por quem deve: a editora que o publique e por essa querida Senhora, Maria Paula Almeida.


Não posso deixar de dizer que este tem sido um texto provisório, que pode entreter ou não, mas que eu tenho tido o prazer do escrever. É praticamente uma autoanalise, que me acompanha enquanto os dias passam. Tenho entregue ao ISCTE todo o possível. É pena a falta de certa reciprocidade, mas bem entendo que todos os membros da minha instituição, andem muito ocupados. O culpado sou eu, por ter introduzido Cambridge primeiro e Bolonha a seguir, como manda hoje a lei, dentro dos nossos planos de estudos.


Por amar tanto a minha instituição, não consegui deixar ninguém de fora e o texto pode parecer pesado. Mas, a vida não é e perfeita harmonia com a qual sonhamos. Bem ao contrário: enquanto somos úteis, todos estão connosco, quando nos atravessamos no caminho do trabalho, essa primeira obrigação de todo ser humano, como está no mito do Génesis Cristão, Islâmico, Judaico, Arménio, Ortodoxo Grego ou Russo, ou, ainda, entre os Maronitas do Líbano , é evidente que todo o que é possível é eliminar os obstáculos para trabalhar descansado e sem ansiedade.


Devo confessar também, que nunca recebi tantas flores lindas e perfumadas, como nestes dias da minha doença, enviadas pelos os meu antigos orientados, hoje todos eles Doutores, a maior glória de um académico. Para nada estou arrependido de ter deixado Cambridge e aderir ao ISCTE. O ISCTE é a minha família. E, para estar mais perto deles, é que eu queria ser português de direito próprio, tramitação já começada como deve ser, com a colaboração da minha britânica e neerlandesa família. Não acredito em Deus, quem me dera!, mas, caso houver, que Ele vos abençoe, porque a minha benção, seja ou não útil, já está convosco!


Muitos ficaram fora, mas era preciso. Estava a falar da minha vida, sempre centrada no trabalho, desde a mais tenra infância. Eis porque tenho criado essa nova disciplina, a Etnopsicologia da Infância, esse grande amor da minha vida! É a esse amor que dedico as palavras escritas em texto....


Parede, Paris, Cambridge, Talca, Alicante, País Basco, Galiza, Leiria, e tantos outros sítios, sempre académicos o de trabalho de campo!


Dia do Pai de 2008.


Nota:


Os Maronistas do Líbano, os conheci enquanto cursava o meu Mestrado na Universidade de Edimburgo, Escócia. A Igreja Maronita é uma Igreja particular sui juris católica, do rito oriental, em plena comunhão com a Sé Apostólica, ou seja, reconhece a autoridade do papa, o sumo pontífice da Igreja Católica. Tradicional no Líbano, a Igreja Maronita possui ritual próprio, diferente do rito latino adotado pelos católicos ocidentais. O rito maronita prevê a celebração da missa em língua aramaica.Retirado da página web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Maronita







































































































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No póximo dia 3 de Janeiro, iniciaremos uma nova série da autoria do Professor Raúl Iturra -

O PROCESSO EDUCATIVO:

ENSINO OU APRENDIZAGEM?





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