A Carbonária em Portugal
(1897-1910)
António Ventura
Livros Horizonte, 2004
O estudo das organizações secretas está limitado, como é natural, pelo seu carácter reservado, pela quase inacessibilidade ou inexistência de documentos que nos permitam olhá-las como simples objecto de investigação.
Em Portugal, é assinalada a existência de uma organização carbonária no início da década de trinta do século XIX, possivelmente com origem em emigrados liberais refugiados em Paris. Intermitentemente, ao longo da centúria de Oitocentos, surgem referências mais ou menos difusas à existência da Carbonária, nas décadas de quarenta e de cinquenta, tendo como centro irradiador a cidade de Coimbra.
Procuramos, neste livro, estudar, com as limitações já referidas, duas organizações carbonárias, ambas fundadas nos finais do século XIX, e que tiveram um papel determinante na preparação do advento da República: a Carbonária Portuguesa e a Carbonária Lusitana.
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Cartas de El-Rei D. Carlos a João Franco
João Franco
Lisboa, 1924
El-Rei D. Carlos recebera uma educação primorosa. Com uma instrução geral que o não deixava encontrar hóspede em qualquer assunto de conversação; conhecedor e possuidor das línguas, especialmente do francês e do inglês, por forma que delas se servia como da sua própria (e já o imperador Carlos V dizia que um homem que fala três línguas vale por três homens) dado ao gosto e cultura das Belas-Artes, em uma das quais, a pintura, foi distintíssimo; habituado aos sports e, como atirador, excepcionalmente forte – reunia a tudo isso ser o homem mais bem criado do seu pais, dotado de humor sempre igual, sem descair nunca na vulgaridade, nem deixar perceber de si, em qualquer circunstancia, sinal de contrariedade, despeito ou irritação.
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quarta-feira, 9 de junho de 2010
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