Luis Moreira
Sob a égide dos US, UE, e Rússia foi possível estabelecer um programa de negociações, tendo em vista chegar à paz na Palestina. O Hammas renunciou liminarmente essa possibilidade negando sentar-se à mesa e levou a efeito um atentado matando quatro Israelitas civis, uma das quais grávida.
O objectivo é óbvio e não vale a pena adocicar ou justificar este terror com outros terrores.O Presidente da Autoridade Palestiniana é um dos interlocutores nas negociações, aceitou sentar-se à mesa, num processo que dura há mais de um ano.Há pois, garantias, por pequenas que sejam para se tentar, ao menos tentar!
Uma das formas de manter o poder é "o quanto pior melhor", enquanto o "status quo" se mantem ninguem tira o poder a quem o tem, pois pode sempre oferecer a lua e o sol, porque sempre terá à mão um bode expiatório. Isto tambem serve, evidentemente, para os extremistas Israelitas.
Mas se mais provas fossem necessárias, esta infeliz e inútil matança, mostra à saciedade que não há outro caminho se não a paz, criando um Estado Palestino viável, independente e soberano, com a autoridade sobre a parte de Jerusalém em que se encontram os lugares sagrados muçulmanos.
Dois Estados, um território e dois povos com uma capital partilhada. Oxalá o bom senso prevaleça!
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Luís, primeiro que tudo, sou contra tentados, mas não vale a pena escamotearmos que existiram em todas as guerras de libertação. Mas sou ainda muito mais contra a invasão dum território como o de Gaza, sem exército para se defender, e pelo esmagamento do seu povo e das suas estruturas por um exército poderoso e sofisticado como é o exército israelita.
ResponderEliminarOs israelitas têm boicotado todos os acordos dos últimos tempos, assinados com a mediação dos EUA. Há relatos pormenorizados do modo como isso tem vindo a ser feito, publicados em livros, por israelitas honestos que não querem calar a verdade. A construção dos colonatos, em território palestiniano, continua a ser uma grande provocação contra o que se tinha acordado. Não tenhamos ilusões: Israel não tem nenhuma vontade de ceder coisa nenhuma - muito menos aquele primeiro-ministro - e se diz que sim é apenas porque Barak Obama é, apesar de tudo, apesar dos EUA estarem comprometidos até ao pescoço com Israel, o primeiro presidente americano que acredito estar ali de boa fé. Caso contrário já nem ouvia as notícias.
A propósito dos acordos, vale a pena ler:
- Tanya Reinhart, "Destruir a Palestina, a segunda metade da guerra de 1948", Caminho.
A autora é israelita e professora universitária.
Obrigada,Luís,pela notícia de que ainda não tinha tido conhecimento.
Corrigindo: é contra os "atentados" que eu sou, não contra os "tentados". Isso é problema deles. Depende da tentação.
ResponderEliminarTal e qual Augusta, e como sempre digo, o resto são cantigas Ó Rosa, ditas por ti Olinda,como dizia minha mãe. Quanto a Obama estar ali de boa fé, Augusta, nem com açúcar eu engulo tal xarope.
ResponderEliminarO que espero de Obama é que ponha em prática o prémio Nobel que recebeu...a paz só chegará quando deixarem de existir jogos de interesses encobertos
ResponderEliminarPois, Adão, não ponho as mãos no lume mas, ainda, gostava que fosse verdade a boa fé de Obama. Infelizmente, pessoas são pessoas, interesses estratégicos são outra coisa. Aí está um motivo porque eu nunca quereria estar no poder.
ResponderEliminarPreferia ser poeta...mas não sou.