(Continuação)
Capítulo 4-O exílio e as suas lutas.
That’s the fact. Words talk. Words are action. Bem sei que estou a escrever com palavras na língua saxónica inglesa, que tem palavras também em latim, poucas, mas várias, por causa dos Romanos do Império e , antes, da República, terem colonizado as Ilhas Britânicas. O Conquistador foi denominado Britannicus . Mas, não queria desviar o olhar do leitor para as minhas habituais desagregações do texto, e insistir que as palavras são acção. Nós, não apenas falamos, também pensamos e a parte mais activa do nosso pensamento, são os conceitos usados , conceitos normalmente retirados da actividade e da acção.
É apenas observar uma criança a crescer e entender como vai denominando aos objectos que começa a conhecer, essa descoberta do mundo, como analiso em vários textos meus, descoberta e colonização do mundo feito pelos mais novos, desde pequeno. Normalmente, nós, pais e mães, lembramos da primeira palavra pronunciada pelos nossos descendentes, essa forma de colonizar o mundo. Normalmente os objecto são baptizados pela infância, que ignora o conceito central, mas aprende ao agir dentro do mundo anos depois e é ou, corrigido pelos seus adultos, ou pela sua própria interacção social, ou pelo relacionamento com outros adultos. O importante de notar é que há um ditado que diz que toda criança tem uma língua mãe, que nunca mais esquece, por causa do seu agir entre objectos e o seu pensamento. Os objectos que impressionam aos mais novos, recebem um nome especial e ficam para sempre nas suas recordações. A nossa filha mais velha, referida já antes, a psicanalista, não conseguia aos 9 meses de idade, dizer palavra nenhuma, excepto ma ma ma, ou, essa a sua eterna palavra, jagua, que eu escrevo ao relatar o facto, com yagua, sem saber que há uma etnia no Brasil, que tem esse nome . A nossa pequena filha estava atrapalhada entre várias línguas: o Castelhano Chileno de casa, o inglês de Londres, o gaélico da Escócia e o Castelhano Argentino dos nossos melhores amigos em Edimburgo, a família de Ricardo e Aída Gáudio e do seu filho Santiago, os que, mais tarde na vida, deram asilo num Departamento o estudo deste Sociólogo Argentino aos nossos amigos Vio, num estudo estreito, onde apenas cabiam os quatro: Pancho, Mariana, Panchito e Daniela, a minha afilhada! A nossa filha Paula, lembro-me eu, e a minha mulher também, a primeira palavra que aprendeu, já no seu ano e meio de vida, foi “dillita, come to play with me”, no inglês mais aberto do mundo, esse referido como spanglish, ao andarmos no mato do jardim da Universidade de Edimburgo a tentar brincar com as denominadas, em inglês, squirrels, ou ardillas em castelhano chileno, em português, esquilos . É o problema de morar em sítios cuja actividade não conhecemos ou cuja História é aprendida por nós bem mais tarde. É por esse motivo que eu informo-me antes da História do sítio onde vou morar, estabeleço amizade com todas as pessoas e na troca de simpatia, vão ficando as palavras como conceitos activos na nossa consciência, o que permite falar e escrever, e , principalmente, interagir. Há uma ciência que estuda este tipo de aventuras linguísticas, além da psicanálise que também usa palavras para entender a mente do paciente e saber o seu sítio social e as suas aspirações, a semiologia ou semiótica, usada por nós, mais tarde no exílio, para entender as ideais e significados das palavras culturais ou habituais, usadas pelos britânicos e as outras que eram capazes de entender os chilenos exilados, para colaborar melhor na sua adaptação ao novo país, o Reino da Grã-bretanha. A primeira palavra sempre rejeitada, era a de Rainha, mas, em segredo, muito amada, por ser uma novidade para todos ter por chefe de Estado, uma realeza não sagrada. A semiologia ou semiótica , foi desenvolvida por Ferdinand de Saussure e, a seguir, outros. Entre nós, pelos Professores referidos na nota de rodapé 146. Ideias que colaboram a aceitar o exílio por mim denominado duplo: dos sítios onde nascemos, das ideias aprendidas na infância apagadas por novas ideias, conceitos e actividades ou acções, significados ao começo, traduzidos, mas, mais tarde, na passagem do tempo, fazem troca e troça dos nossos conceitos infantis para passarmos a ter conceitos impostos pelas actividades desempenhadas na dura luta da sobrevivência!
Da nossa mais pequena, o que mais lembro, também na gaiola de várias línguas, incluindo a língua luso-galaica da aldeia de Vilatuxe, onde estávamos em pesquisa de trabalho de campo nos anos 70 do Século passado, mandada a ser realizada, pelo meu professor Jack Goody, por intermédio do meu imediato tutor, o meu, infelizmente falecido muito novo, amigo Milán Stuchlick , essa mais pequena, usou duas palavras desde que eu lembro: Dad e a muito castiça palavra chilena caca- ou coco que se usa na conversa doméstica em Portugal, entre adultos e crianças. O uso da palavra fez parte de um ritual que o nosso amigo Milán nos ajudara a organizar. Camila usava chuchas e tetinas dos diversos países pelos que tínhamos passado e, mimada como era, especialmente pelo pai –eu era o grande pecador dos mimos às filhas!, aconteceu um grave problema: era preciso importar chuchas do Chile para ela dormir, da Grã-bretanha, para ela beber o biberão, da cidade de Compostela para a aldeia de Vilatuxe ou Paroquia de Vilatuxe, que eu estudava, e era o nosso horror perder os ditos chuchas e tetinas. As crianças não são parvas e gostam dominar aos pais para chamar a sua atenção. Á noite, era o horror! Ela precisava dormir com duas chuchas, uma das quais, normalmente, largava ao chão do seu quarto e gritava e chorava e lá íamos nós, a correr, para encontrar uma rapariga endiabrada a ..rir! e dizer a castiça palavra chilena chupete, da forma como falam os mais novos: “ no tete, no tete!”. Lá ficávamos Gloria e eu, a procurar o famoso tete por todos os cantos do quarto de casa da aldeia. Até que, um dia, descobrimos que o famoso tete era escondido por ela entre os lençóis do seu berço! Milan e Jarka, a sua mulher, observaram em silêncio a nossa atitude e disseram que estávamos a fazer mal, que não era assim que uma criança podia ser tratada. No dia seguinte, para dor do meu coração, o meu exilado amigo da Checoslováquia para o Chile e do Chile para Cambridge, como eu, levou a Camila ao pé da porta da cozinha, também casa de jantar, abriu a porta que lindava com o quintal da casa e começou um ritual de dizer – ele falava um perfeito castelhano do Chile – que a chucha era cocó, era caca. Camila perguntou “Caca?. Buaaaaa”, forma aprendida de nós para exprimir o seu sentimento de repulsa para as famosas borrachas!. Sabia bem o que era coco e, com Milan ao pé dela, atirou todas as chuchas e tetinas ao lixo do quintal e exprimiu nas sua meias palavras anglo – chilenas –lusas, o seu desprezo pelo que usava. Essa noite dormiu com eles, que não tinham autoridade emotiva sobre ela, e no dia a seguir, bebeu o seu leite de uma taça, como se faz na Espanha, com bolachas e pão misturados com leite, uma alegria do paladar que ela não conhecia. Era evidente que faltava família para tratar das nossas crianças! Sempre sós connosco, não havia maneira das poder criar. Para nós, a família foi sempre importante, não apenas pelo carinho, mas pelo o seu empenhamento em colaborar. Desde o Chile, a nossa sogra enviava as ditas tetinas, desde a Grã-bretanha, os nossos amigos, e assim por aí fora. Milan e Jarka acabaram com esse o nosso sofrimento, eu diria, ao nos apoiar a nós, mais do que apoiar a Camila. Esses pais, nós, estávamos a precisar de adultos para optar pelos remédios para corrigir essas nossas pequenas. Faltavam palavras adultas. É daí, também, que eu diga que as palavras são conceitos em acção, em guerra, especialmente de nervos....
O problema era sermos tão ciganos na maneira de estruturar as nossas vidas. Andava-mos de um país a outro, em trabalho de campo, a falar todas as línguas do mundo e a comer todo tipo de comestíveis. Vilatuxe foi o nosso ninho de paz e estabilidade por quase dois anos. Ainda Gloria, deprimida ao começo por causa da casa aldeã que eu tinha alugado, começou a gostar mais dela a pouco e pouco. Primeiro, tinha ao marido por perto, não como em Edimburgo, quando eu passava as horas todas na Universidade e ela só em casa, com Paula de 9 meses. Os nossos entretenimentos eram raros, não apenas por eu estar dedicado sempre ao trabalho académico, bem como por causa da Escócia ser Presbiteriana e não ter divertimentos. Lembro que apenas uma vez fomos ao cinema, o dia que a nossa amiga arquitecto escocesa Jean Laingh, filha de mãe chilena e pai escocês, ficou em casa a tomar conta de Paula. Fomos ver o filme Lady Chatterley, se me lembro bem. De resto, os nossos divertimentos eram ir a Londres para cursos meus, onde também estivemos no cinema com os nossos amigos chilenos da London University, a família Ugarte. Tomamos a vantagem de termos a mãe do nosso amigo em casa, e vimos Midnight Cowboy, um filme destemido e violento, revolucionário para os anos 60 do Século XX. Ainda nos tempos da nossa felicidade, antes do nosso exílio. Mas, tornando ao nosso exílio, era preciso andar em muitos sítios para, como diz Jack Goody , encher o tacho partilhado por nós quatro...Era um dos problemas do exílio, ter que inventar una família. Parte de esse invento, foi criar uma família com os Stuchlick. Eram como pais para nós, pais jovens ainda, com crianças novas, enquanto Milan e Jarka tinham já filhos adultos púberes. Tivemos dias lindos na Aldeia de Vilatuxe. Não consigo esquecer que o aparecer dos Stuchlick, foi uma surpresa para nós, não estava anunciada. Mantínhamos uma grande comunicação, por causa do trabalho de campo. Milan, muito sabido nas histórias de perca de documentos e textos, tinha-me aconselhado escrever o meu diário de campo a máquina – não havia ainda computadores nesse tempo, com papel carbónico entre duas páginas brancas e enviar sempre uma cópia a ele, caso o caso for...de ser assaltado, roubado, queimado ou, quase uma premonição, ser enviado de volta ao Chile como prisioneiro...Com fidelidade, eu escrevia todos os dias de manhã o que tinha apontado nesses os meus pequenos livros de notas de campo e reproduzia todo, com palavras castelhanas, os relatos do que tinha feito no dia anterior. Eram as minhas melhores horas!, como refiro no livro de 1978, já citado, Antropologia Económica da Galicia Rural. Essa comunicação originada em Cambridge, nas tutorias três vezes por semana, nas que eu devia dar conta das minhas leituras e levar textos escritos em inglês e discutir com ele os conteúdos do livro e do meu texto. Era comum entre nós falar em Castelhano e beber um café e falar de nós primeiro, porque a necessidade de família era de ida e volta ou de vice versa. Mas, ao começar a tutoria, mudávamos para a língua inglesa. Não é por acaso que tenha começado este capítulo com a ideia das palavras serem activas, conceitos no meio da actividade. A tese que seu estava a tratar, era para Inglaterra, devia, em consequência, ser em inglês. Como os textos. Milan tinha como obrigação transferir os meus trabalhos a Jack Goody, que sabia Castelhano, mas eu estava a ser provado!, se servia ou não para fazer e acabar o meu doutoramento ou se os acontecimentos do Chile tinham sido da tal maneira dolorosos para mim, que talvez tive-se perdido a memória, ou se a depressão for tão forte, como para tornar a minha memória incapaz de lembrar e produzir!. Bom, nada de isso acontecia, pelo que o Relatório do Professor Doutor Milan Stuchlik foi altamente positivo e foi-me concedido o grau de Magister para passar ao meu trabalho de campo e à corrida do doutoramento. O entendimento entre Milan e eu era simples e directo. Era o seu único orientado para o doutorado. Nas suas horas vagas, escrevia um livro, que está comigo .
Lembro bem como foi que Milan e família chegaram a nossa casa. Não avisaram apareceram de carro desde a Irlanda em Vilatuxe, em 1975, a perguntar se conheciam a Don Raúl Iturra. Mal era percebido pelos aldeões, que falavam a língua luso-galaica, o galego denominado enxebre e não esse inventado na cidade pelos nacionalistas galegos. Orgulho-me em dizer que a nossa filha Paula, com cinco anos e eu, aprendemos o galego, sem dar por isso. Essa nossa filha que teve que aprender e desaprender tantas língua, mas ficou com a capacidade de falar sete, hoje em dia. São os problemas do exílio, mas também as suas vantagens: é preciso aprender de novo e esquecer outras formas de fala e de escrita, eis o outro problema! Mas antes de desenvolver essa hipótese, vamos ainda, retomar ao Milan, batendo no pedestal do meu texto. Contou-me, ao chegar a casa, que tinham perguntado aos aldeões se conheciam a Don Raúl Iturra, hábito muito castiço no Chile, para referenciar uma pessoa aparentemente importante, como ele pensava que eu era na Paroquia. Esses vizinhos, que mal entendiam o castelhano – o que me obrigara a mim e família mais adulta, a aprender a língua galega, disseram que nada sabiam. Jarka teve a ideia de disse: “Pregunta por Raulito”, esse diminutivo que ela sabia era-me dito em família o que Milan fez. Ninguém sabia nada e disseram: esse senhor não mora cá. Milan ripostou: oiça, é esse senhor de barbas que vem do estrangeiro...e de imediato fui reconhecido: “Ah! O senhor está a perguntar pelo chileno!”, essa a minha alcunha na aldeia. Na Paroquia todos eram conhecidos por alcunhas e, as vezes, nem sabiam os nomes das famílias: O Ferreiro, José Montoto, tinha o seu filho António, denominado por todos , O Ferreirinho, diminutivo luso-galaico para Ferreiro, bem como a sua casa não era a casa Medela, era a casa do Ferreiro que pertencia a família Medela, apelido de solteira da sua mulher Marcelina, irmã do meu hóspede da minha segunda pesquisa em Vilatuxe, 25 anos depois: ela era a Ferreirinha, a da casa do Ferreiro, como relato em dois textos meus já citados antes: o Editado pela Xunta de Caliza, e esse mal vendido da Profedições. . Os Stuchlick nada sabiam deste costume- por outras palavras, tinham respeitado o meu segredo sem ler as cópias do meu diário de trabalho de campo enviadas por mim a Cambridge todas as semanas. Começaram a se desesperar: ter-se ião enganado, era outra a Paroquia, haveria um outro acesso? Eu era conhecido pela minha própria, alcunha que eles não sabiam nem podiam conhecer. Eu não era Don Raúl, excepto para os meus mais íntimos, o Pároco Luís Vázquez, a família referida Medela, os nossos vizinhos Ramón e Eduardo Fernández e as suas mulheres e filhos, e o único aristocrata da Paroquia, Don Carmelo Louzao dentro das 14 aldeias de Vilatuxe, era denominado O Chileno, o que tivemos que comunicar a nossa família, que, as tantas, nos visitavam na Galiza: a minha sogra, a nossa prima de quem falei no Capítulo anterior, Maria Teresa González Tornero, a minha irmã Blanquita e o seu marido Miguel e filha Alejandra de três meses de idade, e outros da cidade de Compostela, os nacionalistas galegos que nunca tinham tido o atrevimento de morar numa aldeia camponesa, até eu instaurar o modelo, seguido depois pelos os meus orientados para o Doutoramento, o Galego, José Maria Cardesín e a sua mulher de então, Beatriz Ruiz Fernádez, referida na mesma nota de rodapé do seu antigo marido– hoje é preciso falar com cuidado das famílias: aparecem, desaparecem, organizam-se novas famílias e nada sabemos delas, as tantas!. Foi lá que vivemos, até com a visita do meu amigo de longa data Brian O’Neill : à procura do sítio de pesquisa, percorremos juntos toda a Galiza, enquanto a minha mulher e filhas esperavam em Cambridge para saber de mim e o sítio escolhido, bem antes dos Stuclick aparecerem em Vilatuxe. A minha família esperava em Cambridge, reitero, com essa santa paciência que a minha mulher desenvolveu.
Notas:
Não resisto a tentação de informar directamente ao leitos destas invasões, com o parágrafo de Wikipédia ou Enciclopédia Livre da Net: “A invasão romana nas ilhas britânicas ocorreram em 43 d.C. O Império romano não "invadiu" a Britânia. Esse facto de invasão foi dado pelo império romano para propor a superioridade da nação sobre as pequenas tribos e cidades da Britânia. Antes da "invasão", o império romano já tinha algumas fortificações na ilha e tinha algumas relações com as nações que habitavam a região. O ano 43, foi o ano da conquista definitiva do Império romano sobre a Britânia e não o ano da invasão. A conquista da ilha em 43 foi concluída pelo imperador Cláudio. Júlio Cesar tentou conquistar a ilha antes que Cláudio. A Britânia tornou-se província do império”. Retirado da página Web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_romana_das_ilhas_brit%C3%A2nicas .Para saber mais sobre Britannicus, filho do Imperador Claudius Germanicus e o seu herdeiro, mas assassinado pela segunda mulher do Imperador, Agripina para que o seu filho Nero for o herdeiro do Império, história que aparece no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=Britannicus+&spell=1
Para saber mais sobre os Jaguas, ver no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Etnia+Jagua&meta= Como diz parte do sítio: esta etnia que integra a Nação Guarani, em: www.guata.com.br/Tirando%20de%20letra/092507TLcontosmbya.htm , povo parte da Etnia Barasana estudada pelos os meus amigos e colegas do Departamento de Cambridge, Stephen e Christine Hugh-Jones, esses amigos até o dia de hoje, que trataram da minha papelada ao ser aceite de volta em Cambridge, no Departamento de Social Anthropology. Os seus textos sobre Barasanas estão referido no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=Stephen+Hugh-Jones++Cambridge+University+Etnia+Barasana&spell=1 , bem como na página web, há um texto em português da autoria de Stephen Hugh-Jones, de Fevereiro de 2003: http://www.socioambiental.org/pib/epi/uaupes/cosm.shtm
Na Escócia, como na Irlanda e no Principado de Gales ou Wales da Grã-bretanha, fala-se essa língua que nos atrapalha a todos, o gaélico que, como especial concessão para nós, estrangeiros muito chilenos nesses tempos, bem como hoje, era falado num inglês que era difícil de entender, mas ao que ficamos habituados pela interacção com os nossos amigos Escoceses, especialmente os que mais nos visitavam em casa, o meu Tutor Peter Wasp e a sua mulher, linda como um sol, Diane. Eram tempos felizes e destemidos! Até a minha sogra, que de inglês nada sabia, era capaz de manter conversas em castelhano chileno com Peter Wasp, por horas...Para saber mais sobre o gaélico, ver a página web: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_ga%C3%A9lica_escocesa , do sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Ga%C3%A9lico&btnG=Pesquisar&meta= , que refere que: A língua gaélica escocesa (gaélico escocês; Gàidhlig) chegou à Escócia no século V D. C. , quando os celtas escoceses provenientes do norte da Irlanda se instalaram no Norte da Escócia
A palavra esquilos foi retirada do sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Ardilla+Esquilos&btnG=Pesquisar&meta= , pela informação proporcionada a mim pela D. Ana de Jesus Rodrigues de Dias, que trabalha na minha casa e faz a minha comida, o que nenhum ordenado consegue pagar a sua simpatia e cuidados para mim.
Para saber de semiótica, senhor leitor, visite a página Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Semi%C3%B3tica
Para saber do autor, página web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Semi%C3%B3tica#Ferdinand_de_Saussure , no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Semiologia+Ferdinand+de+Saussure&btnG=Pesquisar&meta= , especialmente a referência: www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/S/semiologia.htm . Entre nós, têm analisado de forma semiológica os povos indianos de Goa e Ourissa na Índia, os Doutores Rosa Maria Perez, http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Rosa+Maria+Perez&btnG=Pesquisar&meta= ou em http://www.webboom.pt/pesquisaHPautores.asp?autorId=23218, ou, ainda no livro do mês :Os portugueses e o Oriente, em: www.webboom.pt/pesquisaHPautores.asp?autorId=23218 José Carlos Gomes da Silva, referido em http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Jos%C3%A9+Carlos+Gomes+da+Silva&btnG=Pesquisar&meta= bem como em http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Carlos_Gomes_da_Silva a enciclopédia net, que diz: “desde cedo se debruçou sobre os problemas da «tradução», nomeadamente, dos sistemas simbólicos. A sua principal linha de investigação nos últimos anos, tem sido a das hierarquias e dos sistemas de classificação simbólicos.”, Manuel João Ramos ao analisar histórias antigas do povo da Etiópia e dedicar o seu tempo aos peões automobilizados, criou uma nova antropologia, referida em: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Manuel+Jo%C3%A3o+Ramos&btnG=Pesquisar&meta= e em: A Automobilização do Pensamento Selvagem, página Web: www.aca-m.org/documentos/publicacoes/automobilizacao_do_pensamento_selvagem.pdf , e contos infantis, Francisco Vaz da Silva, referido com Bibliografia e Genealogia em: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Francisco+Vaz+da+Silva&btnG=Pesquisar&meta= e na página web: http://unics.iscte.pt/depant/investigadores.html que cita as suas publicações Nas minhas mãos os textos: Reis e Intocáveis. Um estudo do Sistema de Casta do Noroeste da Índia, Celta, Oeiras, 1994 da minha muito querida amiga Rosa Maria Perez, bem como os textos do meu admirado amigo José Carlos Gomes da Silva: 1993, como coordenador: Assimetria Social e Inversão, Ministério do Planeamento e da Administração do Território, Instituto de Investigação Científica Tropical, Lisboa, e o de 1994, individual: A Identidade Roubada. Ensaios de Antropologia Social, Gradiva, Lisboa, tradução. do original publicado na Bélgica, 1989: L’Identité Volée. Essais d’anthropologie sociale, Éditions de L’Université de Bruxelles. Todos, do nosso Departamento de Antropologia do ISCTE, onde cada um tem a sua referencia, as suas alegrias e as suas mágoas!
Milan Stuchlick, checo era contado entre os cidadãos contrários à invasão Soviética do seu País, procurou asilo no Chile, a convite da Universidade de Concepción e a de Temuco, onde morou com os Mapuche do Chile e foi aceite dentro da redução, apenas ele, nem a sua mulher nem os seus filhos. Trabalhamos imenso juntos em St John´s College, a sua Faculdade de Cambridge, à que eu estava destinado, mas ao sermos dois, Jack que aí tinha muita voz, escolheu Milan para St John’s e eu, para Trinity Hall.. Para saber vida e obra de Milan Stuchlick, ver o sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=Milan+Stuchlik&spell=1 e a página web: http://www.radio.cz/en/article/11132 . Em 1976 foi transferido a Universidade de Belfast, Irlanda do Norte, ao Queens College, onde, junto a Ladislav Holly e outros criamos a Revista The Queens College Papers in Social Anthropology, na qual publiquei um texto denominado: “Strategies of social recruitment: a case of mutual help in rural Galicia”, praticamente corrigido todo ele por Milan. Era mais um contributo para ele edizer que tinha um orientado de Cambridge, e para mim, mais uma publicação. Estávamos a reconstruir, duramente, as nossa exiladas vidas! Milan foi postumamente condecorado pela República do Chile, como é referido no texto em inglês: Czechs awarded Chilean Order, por[03-12-2001] By Olga Szantová: Two Czechs were awarded the Order of Bernardo O'Higgins by the State of Chile a few days ago. The order is given to foreigners who have given outstanding services to the Chilean state in the humanities, culture, or science. Milan Stuchlik, who received the award in memoriam, and his wife Jarka Stuchlikova worked as anthropologists in Chile for years and Milan Stuchlik founded the Department of Anthropology at the university in Temuco. But the most interesting part of their work in Chile, says Jarka Stuchlikova was with the Indian Mapuche tribe
Já referido antes, fala de que uma família o um grupo domestico, como ele denomina, é partilhar o mesmo pote sob o mesmo tecto. Referido no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Jack+Goody+Domestic+Groups+Addison+Wesley+Modules&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= . Não há texto na Net. O texto está comigo em formato de papel: Goody, Jack, 1972: Domestic Groups, em Addison-Wesley Module in Anthropology, Massachusetts, USA
Stuchlick, Milan, 1976: Life on a Half Share. Mechanisms of Social Recruitment among the Mapuche of Southern Chile, C. Hurst & Company, London. Citar assim um livro de Milan, parece-me frio, para um homem que era como um pai para mim. É verdade que tenho vários livros dedicados a mim, pela mão do autor, mas esta dedicatória é especial para mim. É um dos problemas do exílio, a perca de amigos tão queridos, como foi o caso do meu salvador Iain Wright. O livro diz, pela mão de Milan: “A mi amigo Raúl Iturra, com mucho aprecio, e, a seguir, a sua típica ilegível assinatura...O Leitor pode perceber de onde fui eu retirar as ideias de recrutamento, de reprodução, de mecanismos e outras, não apenas do meu outro falecido amigo e colega na Cátedra em Paris Pierre Bourdieu, ou do meu amigo da alma, Maurice Godelier, ou do meu velho Professor Sir Jack, mas de Milan....que me tinha introduzido às análises de Ervin Goffman e John Berger. Disse-me um dia: “É preciso retirara dessa cabeça as analises materialistas para ir ao encontro de outras”. Havia uma certa intencionalidade nas suas palavras, descoberta por mim no dia que comentou com muita raiva: “Estes malditos marxista que fazem da nossa vida uma dificuldade....” Como é evidente, defendi as minhas ideias e ele, muito senhor de si, disse: “não, eu não tenho nada contra os marxistas, a minha raiva advêm da ocupação do meu país pela União Soviética...” Eu ripostei: “e do nosso, pela CIA e a presidência norte americana..”. Era a tensão que sempre existiu entre nós, não com Jack, com ideias já formadas sobre materialismo, que usava nos seus trabalhos, nem com outros nos seminários das Sestas Feiras no Departamento, referidos por mim no meu texto de 2002, A economia deriva da religião, citado antes, em este texto. Em fim, as lutas ideológicas e pelo poder, são pão com manteiga no dia a dia da vida académica. Muito amo ao meu Departamento de Antropologia do ISCTE, mas que há debates, há, e, as vezes, duros...O importante referir nesta nota de rodapé, é a obra do meu amigo, mas não resistia comentar as nossas diferenças ideológicas, as vezes, em debates fortes e duros. Os textos dele são citados e usados pelos chilenos de Pontifícia Universidade de Chile de Temuco, tal como: 1985: “Las políticas indígenas de Chile y la Imagen de los Mapuches”, en Cultura-Hombre-Sociedad. Revista de Ciencias Sociales y Humanas. Centro de Investigaciones Sociales Regionales-CISRE-Volúmen 2, Nº 2, Temuco, Chile. Centro que eu visitei e proferi conferencias para lembrar ao amigo, bem como para saber da pesquisa do meu discípulo e amigo, o hoje Doutor Luís Silva Pereira, já citado. Para saber mais da obra de M Stuchlick, visite o site Net: http://www.google.pt/search?hl=pt- PT&q=Milan+Stuchlik+1979+-+Chilean+Native+Policies+and+the+Image+of+the+Mapuche+&btnG=Pesquisar&meta =
Enxebre é um conceito da língua luso-galaica, usada nas aldeias da Galiza, também no Minho partes do Norte de Portugal, que em português significa autêntico. Referido a mim pelo hoje Doutor António Medeiros, o meu antigo estudante que, mal foi criada por nós a Licenciatura em Antropologia, transferiu-se desde a Sociologia para o nosso Departamento, onde hoje é Professor. Eu acrescentaria que enxebre é também: fixe, nativo.
O primeiro é Antropologia Económica da Galiza Rural; o segundo, Como era quando não era o que sou. O crescimento das crianças.
O apelido de Carmelo é como eu retirei dos arquivos da Paroquia e do Registo Civil de Lalín, a Vila mais próxima a Vilatuxe. Mencionado também para entender as formas de falar luso-galaica, retiradas do português original. Em português, o apelido do Carmelo seria de Louçã. Apenas um facto comentado por mim nos textos citados na nota de rodapé anterior. Esse Carmelo que, como relato nos dois textos, disse-me um dia: Don com Don, não bate certo – em Castelhano, um aristocrata nunca falaria galego...Mas eu, teimoso, o levava ao galego que ele conhecia bem por ter casado com a filha de um dos seus jornaleiros, que apenas falava galego- não bate certo, diz, pelo que vamos ser Raúl y Carmelo, que te parece?. Eu respondi: me parece bem - o galego combina (mestura em galego) palavras e sintaxes castelhanas com palavras lusas do antigamente, também conceito luso-galaico....para saber mais, ou ver os textos ou sítios Net já referidos. Os problemas do exílio, entender todo até saber e agir....
José Maria Cardesín esteve em Portugal e ficou a trabalhar comigo durante três anos, com a sua mulher Beatriz Ruiz Fernández, até acabarem os trabalhos teóricos do doutorado. José Maria Cardesín viveu numa aldeia galega, para inveja dos Antropólogos Galegos, que até o dia de hoje não têm feito trabalho em terreno. A sua tese foi examinada em 1991, o hoje livro editado pelo Ministério da Agricultura Espanhol, do mesmo ano: Tierra, trabajo y producción social en una aldea gallega (s. XVIII-XX), Madrid. Beatriz Ruiz Fernández, antiga mulher do Doutor referido e mãe da filha da filha, a minha afilhada Núria, fez trabalho de campo na indústria de uma cidade galega, Vigo, defendeu a sua tese em Madrid em 1993, e, como a tese tinha formato de livro, foi publicado como: La dosmesticación de la economia. Antropologia económica de la ciudad de Vigo, no mesmo ano da sua defesa, pela UNAM ou Universidade de Ensino a Distância de Madrid, na que ela ensinava na Galiza, enquanto o seu marido dessa altura, José Maria, era Professor da Universidade da Cruña ou Corunha, o La Coruña, como é denominada de forma indiferente, ainda hoje, conforme a cor do credo ideológico!. O luso-galaico ainda não está fixado. Mais tarde, começaram a aparecer os candidatos orientados pelos meus antigos orientados e outros de Andaluzia, Burgos, Holanda, Alemanha, Grã-bretanha Pelos títulos, é possível perceber a herança de Jack Goody e Milan Stuchlick, transferidas a eles por mim. Como é por lei, na Espanha o meu nome apenas aparece como membro do júri, enquanto figuram como orientadores ou Ramón Villares Paz, Ubaldo Martínez Veiga, Isidoro Moreno Navarro e outros, todos os meus colegas na Cátedra. Este trabalho fez-me viajar imenso de avião, ainda em 2006, Setembro, para participar em júris como o Catedrático mais antigo de Antropologia de Península Ibérica, no activo. Assim é também como eu fiquei doente e escrevo estas palavras durante a minha convalescência causada pelo cansaço e um cancro adquirido nesses tempos. A minha sorte tem sido recuperar, como sempre digo, quando, por acaso, alguém telefona: “Como está?”, e eu digo “Hoje melhor do que ontem e amanhã, de certeza, melhor do que hoje!” . Todos têm sido excelentes discípulos, recebido o veneno do que me acusava Milán, o método analítico do materialismo histórico, mas a fila continua e eu não paro....de aceitar. Todos têm sido excelentes trabalhadores académicos e têm publicado os meus textos na Espanha e outros países, pelo que não consigo deixar de referir ao meu melhor estudante, o meu parceiro de ideais, compadre de empenhamento, amigo da alma o Professor Doutor José Maria Valcuende del Rio, colaborador excelente e escritor premiado. Para saber mais dele, ver o sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Jos%C3%A9+Maria+Valcuende+del+R%C3%ADo&meta= Também estivera cá, o discípulo de um amigo meu, o Catedrático Manuel González de Molina Navarro, quem esteve connosco durante um ano académico para, como ele diz na sua simpatia, refrescar o seu saber e escrevemos em conjunto dois livros. O discípulo é David Martínez López, todo partido entre o seu orientador espanhol, Manuel González de Molina, e o português, eu, de forma que ao publicar a sua tese como livro, em 1996: Tierra, herencia y matrimónio, Editado pela Universidade de Jaén, Manolo escreveu o Prólogo e eu o Epílogo, hábito muito espanhol, excepto com José Maria Valcuende, com o que fizemos um seminário e um livro em conjunto: Hombres. La construcción social de las masculinidades, tAlAsA, Edições ( o título da editora não é gralha, é mesmo assim!), em 2003, apesar do seminário ter sido realizado em 2001 , . Mas....a vida editora e do escritor é assim! O livro está referido no sítio Net: http://ceas.iscte.pt/cria/pkm_jyd.html.e e também no sitio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Jos%C3%A9+Maria+Valcuende+del+R%C3%ADo+Hombres.+La+construcci%C3%B3n+social+de+la+masculinidad&btnG=Pesquisar&meta= Estes Historiadores Antropólogos são docentes da Universidade Pública Paulo de Olavide de Sevilha.
Brian Juan O’ Neill, como ele gosta de ser referido, tem sido o meu amigo desde os tempos de Cambridge eu e ele, na London School of Economics, desde o começo dos anos 70, até o dia de hoje. A sua obra é muito conhecida, mas a sua vida privada não e eu respeito esse desejo de silêncio. Apenas a sua obra, referido no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Brian+Juan+O%27Neill&meta=
Devo acrescentar que, para apressar a escrita da minha tese, a escrevi em Castelhano e Brian fez a tradução para o inglês, com imensas dicas teóricas que trocávamos nesse tempo, como hoje também. Fiz dele Professor Associado e assim entregar esse terrível trabalho de ser o ETERNO Presidente do Departamento. Não foi fácil, mas fica comigo...Ele foi Presidente por dois períodos, a seguir foi João Leal, que ficou gasto dentro de um ano e foi-se embora e fui eleito mais uma vez durante 4 anos, até eu adoecer....O exílio exige de nós formas caras de vida....! As lutas do exílio! Brian foi-nos visitar a Vilatuxe, fomos aos rituais do 2 de Novembro ao cemitério, chovia -Jack tinha-me dito: “Galicia, Hein?. Tens que levar guarda-chuvas!” Pensei que era o seu desgosto por não escolher África e continuar a pesquisar dentro da minha cultura...Mas, não, na Galiza sempre está a chover, Brian apanhou uma gripe e passou três dias acamado na nossa casa, connosco a tomar conta dele! Mas, não, na Galiza sempre está a chover, Brian apanhou uma gripe e passou três dias acamado na nossa casa, connosco a tomar conta dele! Era Galiza Espanhola, não a Polaca, porque, para o meu desmaio, quando procurei Galiza na Biblioteca da Universidade, nem percebia a escrita. Não sabia da existência dessas duas Galizas, Brian também não, apenas Jack, que, ao referir Galiza, disse-me: mas já tenho um lá!, Era o meu amigo da alma Chris, hoje o Prof. Christopher Hann, da Universidade de Berlim, o nosso permanente visitante e morador da nossa casa de Bateman Street, que pesquisava na Hungria e Polónia e tinha referido atrocidades não conhecidas por mim, do PC da, nesse tempo, União Soviética. Eu não queria acreditar. Mais um problema de exílio. Se o socialismo era assim, para que, então, ter lutado pela dita via chilena? Hoje, entendo. Nesses dias desesperados, não queria saber! Hoje, destemido, penso de outra maneira e defino-me como materialista histórico. Entretanto, o Chris está definido na página web: http://www.eth.mpg.de/dynamic-index.html?http://www.eth.mpg.de/people/hann/publications.html , do sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Christopher++Hann&btnG=Pesquisar&meta= , uma amizade perdida, parte dos problemas do exílio. O livro escrito por ele e que eu mais uso, é o de 1980a Tázlár: a village in Hungary, Cambridge: Cambridge University Press (Changing Cultures Series), referido na página web: http://www.eth.mpg.de/dynamic-index.html?http://www.eth.mpg.de/people/hann/publications.html . Foi um dos seus vários livros sobre os países rurais dominados pela antiga União Das República Socialistas Soviéticas ou URSS. Para saber mais do meu amigo académico, ver: http://www.kent.ac.uk/anthropology/department/staff/chrisH.htm1 Tínhamos, como relatei em outro texto meu, uma corrida: quem publicava mais livros a partir da tese de Doutoramento, e quem escrevia a tese com menos palavras. Ganhou ele: escreveu a tese em 73.000 palavras, e eu, em 74.000. O limite era 80000 palavras, que eram pesadas e medidas pela Universidade. Ai de quem passar para as 81.0000! Bem como aceitou as condições para publicar em CUP a sua tese, condições que eu não gostava: diagramas estatísticos! Pelo que publiquei na CUP outros textos, a partir da tese. As tese era rejeitadas e devolvidas para serem refeitas....ou, se passava, era comentada como negativa pelos examinadores. Queríamos evitar esse problema: o facto de ser sintético, era outra maneira de pensar que nós devíamos aprender. Na América Latina, ou nos países latinos da Europa, enquanto mais se escreve, melhor. É o que eu denomino teses ao quilo! Como tantas que tenho tido que ler na Espanha, França e Portugal....Os meus orientados, excepto um, têm feito teses de apenas um volume, mas o zelo e teimosia de vários, tem-me confrontado com teses de....8000 páginas, é dizer, milhares de palavras. Todas excelentes, mas, imensas...
(Continua)
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
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