quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Para Sempre, Tricinco ALLENDE E EU - autobiografia de Raúl Iturra - (21)

(Continuação)

Capítulo 6-Lembranças do passado: organização de sindicatos.


Sobre Sindicatos, todos sabemos alguma coisa. Há duas formas de saber: pela lei e pelos factos. Pela lei de Portugal, os Sindicatos estão legislados no Código do Trabalho e em leis especiais, conforme a época de legislatura e de quando começaram a aparecer O Portugal após o denominado Pronunciamento Militar de 1974, que derrubou, sem guerra nem mortos nem prisioneiros, teve, no entanto, que mudar a legislação, que tratava aos trabalhadores como mercadoria para ser trocada por convénios, tratados, retirar de dinheiro como imposto para os trabalhadores que eram convidados trabalhar fora de Portugal. Como era também o caso da Galiza, narrado por mim, com lei e citações, quer nos livros referidos sobre Vilatuxe, ou, ainda, no texto escrito por mim para a Revista Galega Estúdios Migratórios. Arquivo da Emigración Galega. Consello da Cultura Galega, cuja Directora era a minha amiga, Catedrática de História Contemporânea, em Compostela, a Professora Doutora Maria Xosé Rodríguez Galdo . Tive essa grande sorte de encontrar uma foto que, apresentada aos descendentes, como refiro no livro tão citado por mim, da Profedições, o denominado mal vendido livro. Mas, ao tornar ao tema do texto, se Portugal teve que organizar a lei, no caso do Chile, Allende teve que organizar e reorganizar as leis sindicais. Nem preciso ir as páginas habituais, para me lembrar. Nos anos 50 e 60 do Século XX, eu próprio participei na organização de Sindicatos, especialmente Sindicatos de Trabalhadores rurais, omissos no Código do Trabalho Chileno.

Como estudante da Pontifícia Católica de Valparaíso, Chile, todos os verões íamos trabalhar ao denominado campo, em grupos imensos de estudantes, recrutados na Federação de Estudantes, da qual eu formava parte, não apenas como estudante e membro do Conselho da Federação, fundei o denominado por mim Departamento de Extensión Social. Referido antes, ao falar da povoação de Roquant, onde costumávamos praticar Direito. Mas, não era suficiente, havia imensos estudantes de outras áreas a querer participar e não eram estudantes da Ciência do Direito, pelo que estendi os meus trabalhos à sindicatos e a alfabetização, no domínio do saber de Paulo Freire. Pela primeira vez fomos a Colchagua, província sita no Centro Sul do Chile, a mais de 200 quilómetros ao Sul de Santiago, na cidade denominada Santa Cruz. Tinha eu, 18 anos, essas primeira vez que saímos ao trabalho de Sindicatos Rurais. Mal entendíamos o que devia ser feito, não tínhamos experiência de Sindicatos, palavra malfadada no Chile pré- Allende, mas a experiência no trabalho, em breve, levou-nos a entender como eram tratados os trabalhadores rurais.

Saber, eu sabia, tínhamos terras trabalhadas pelos já definidos inquilinos e os jornaleiros rurais, esses que, para lembrar ao leitor, não recebem ordenado, mas recebem terra para ser trabalhada pela família que fica em casa, enquanto o chefe do lar, normalmente o mais velho, trabalha as terras do proprietário e recebe, como recompensa, um pão feito de farinha de maçarocas, entregue às Sestas Feiras, e comida para o fim de semana. Dinheiro é que não recebiam, era a mais aberta exploração de seres humanos. Eu sabia isso e, mal começaram esses denominados trabalhos das férias de verão – Janeiro e Fevereiro, é o calor e era necessário o descanso para repousar e recuperar energias após de um ano de estudos na Universidade, é ao contrário da Europa, o verão cá é, como sabemos, de Junho a Setembro -. Mas, nós, na nossa ansiedade de reivindicação pelos direitos dos trabalhadores, largávamos o descanso para ir trabalhar entre o sector rural do país, longe das nossas terras. A maior parte de nós tinha esse privilégio, mas nenhum de nós queria entrar em disputas de família por causa dos Sindicatos. No entanto, devo referir, se o não tiver dito antes, que eu era destemido e não apenas andava no campo dos outros, bem como dentro da nossa propriedade e das outras terras da minha família alargada. Como era natural, fui expulso de todas elas por revoltar aos trabalhadores rurais, como era comentado pelos meus Senhores Pais, especialmente o meu Senhor Pai, a nossa Senhora Mãe tinha outros interesses, aprendidos, praticamente o de Evangelizar. Ela trazia Missionários para as nossas terras, eu os acompanhava e andávamos de cavalo para Missionar fora do edifício de igreja local, especialmente com esse grande Sacerdote dos Sagrados Corações, Capelão do Regimento Coraceros de Viña del Mar, habituado a andar vestido de militar para visitar às pessoas nas suas rucas ou casa de inquilino , Monsenhor Renato Vio, irmão do pai do meu grande amigo de quem tenho falado antes, Francisco Vio.

Retomando o texto por causa do meu hábito febril de ir em procura de outros factos, em Santa Cruz de Colchagua, no Chile, habitávamos os quartos dos estudantes do Internato dos Padres Alemães, no meio da pequena cidade, na vila de Santa Cruz. Dais saiamos a andar no meio dos campos para falar com pessoas do nosso interesse, os camponeses. Um dia, entrai a Hacienda, Fazenda em Português, especialmente do Brasil, da família que cantava, a família de Ramón. A Senhora Doña Juana deRamón, que cantava em público com o seu marido, o proprietário das terras, Raúl de Ramón , perguntou-me o quê fazia eu nas suas terras. A minha resposta foi breve e directa, eu diria, arrogante: “busco a las personas que Uds. Explotan y los hacen trabajar demás, sin salário”. No entanto, devo confessar que a minha primeira resposta a essa pergunta, foi outra, pouco habituado a insultar Senhoras, cumprimentei enquanto beijava a sua mão, : “Mi Senhora Doña Juana, la conozco mucho, es natural que Ud. No se acuerde de mi por ser tanto el público que oye cantar a Ud. e su marido!”. É o que eu guardo na minha memória. Essa a minha memória que me lembrou, de imediato, o motivo de eu ai estar. Senti, no meu consciente, um aviso claro: eu estava ai para ver os problemas da falta de organização dos sindicatos rurais, e foi assim que lancei essa a minha frase arrogante. De facto, o Código do Trabalho da República do Chile, foi redigido, promulgado e publicado na época da História do Chile denominada República Presidencial, em 1927 . Mas, nada era dito dos trabalhadores rurais e essa era a nossa luta de estudantes, bem como é preciso referir que o Código do trabalho, a pesar da História Oficial citada em nota de rodapé, é resultado da formação de Sindicatos nas denominadas minas do salitre, ou calicheras, nome castiço chileno para designar a produção da principal fonte de entradas de divisas no país. Houve greves, já referidas por mim em capítulos anteriores, e matanças, como as da mina de Nitrato de Santa Maria de Iquique. O resultado, era de esperar. Como conhecia a Historia do Chile, baseiem nessas recordações para trabalhar pelos Sindicatos Rurais, sem saber, esta vez, que eu e todos, estávamos a ser usados pelo candidato à Presidência da República, Eduardo Frei Montalva e o seu partido, a Democracia Cristã. Mas, antes de desgarrar mais o meu texto, é preciso dizer que em 1912, os Sindicatos do Nitrato foram formados pelo Partido como é referido na História .

O Partido Trabalhador Socialista foi o primeiro a ser formado na defesa dos Trabalhadores e do operariado. Como a economia sustentava-se, para o mercado de divisas em exportações de matérias primas –costumava dizer o meu Professor de Economia Política da Pontifícia, o Advogado e Historiador da Economia, Enrique Aymone-, “o Chile nunca foi um país de transformação de matérias primas...” Passeava, furioso pela imensa sala de aulas, quase a gritar, ao dizer que éramos pobres porque a riqueza provem da transformação, com industrias e Chile não era um país industrializado, tinha apenas “carne de cañón, la fuerza de trabajo!”. Motivo, que, nestes anos do Século XXI, entendo, por causa de ser a ruralidade a base da economia do país e as divisas, para os proprietários, normalmente de empresas estrangeiras, especialmente britânicas e dos Estados Unidos de América. As de nitrato, eram de propriedade dos inglesas, as do cobre, que passou a ser, nos anos 20 do Século XX, a maior mina denominada a talho aberto de cobre, é dizer, estava ai, à vista de todos. Os governos presidenciais desses anos, para saldar dívidas de empréstimos norte-americanos, tinham que vender esse bens essenciais: não era aluguer ou conceder, era mesmo vender ou deixar entrar ao Chile, a forma mais barata de produzir: vender a base da riqueza do país. Eis a causa de não existir legislação para os trabalhadores rurais . Entretanto, o movimento nazi tinha-se desenvolvido na Europa Alemanha do Hitler, na Espanha do Franco e na Itália de Mussolini.

O Chile não ficou fora e teve o seu próprio movimento fascista, e foi criado, pelo político autocrata e aristocrata, Jorge González von Marées, o Partido Nacional Socialista do Chile, que costumavam protestar contra a democracia chilena. A História do Chile diz que houve um governo fascista de Dávila, denominado o Governo Socialista do Chile, que durou 100 dias. Derrubados, houve a matança dos estudantes fascistas, a tentar procurar ajuda na Universidade do Chile, sítio do qual, com enganos, foram levados ao prédio em frente do Paço de La Moneda. O relato mais fiel, é o da net: “membros das juventudes nazistas tomaram a Casa Central da Universidade do Chile em 5 de setembro de 1938. Entrincheirados no edifício, uma tropa de artilharia atacou a entrada principal, o que ocasionou a rendição dos 71 protestantes. Estes foram transferidos ao Edifício do Seguro Operário, localizado em frente ao Palácio de La Moneda, e ali foram fuzilados por carabineiros”. A Matança do Seguro Operário foi atribuída pela oposição, os partidos da Esquerda chilena, ao Governo, como ordem de Alessandri , o que provocou a renúncia de Ibáñez à sua candidatura para a Presidência da República, e ofereceu o seu apoio ao candidato do Partido Radical, apoiado pelo Partido Socialista e o Partido Comunista, Pedro Aguirre Cerda. Finalmente em 23 de outubro o candidato da Frente Popular assim formado, obteve 50,2% dos votos, contra 49,3% de Ross, o candidato dos partidos Liberal e Conservador, esses denominados assassínios dos jovens operários.

 A História tem o seu julgamento, para todo isto . O Partido Socialista, não ainda o de Allende, muito embora for um dos seus primeiros aderentes, nasce em Abril de 1933, com o seu primeiro candidato à Presidência da Republica, já nos anos 50, com o médico Salvador Allende, Senador do PS chileno, candidato para ser Presidente. Foi à quarta corrida que ganhou, em 1970 . Faz-me lembrar o dia em que o meu amigo eterno, Francisco Vio, foi candidato a Deputado por Talca, solicita ao Presidente uma ajuda, um reconhecimento público. Na sua simpatia e bonomia, Allende riu, bateu nas costas de Pancho Vio e disse: “Quantos años tiene compañero?”, forma de nos tratarmos no Chile de ontem, e ele disse 28: “Mi querido amigo, tenga la paciéncia que he tenido: desde mis 40 años he andado a luchar para ser Presidente e apenas después de 20 años, he sido electo. Es Ud. Quien me debe ayudar a mi!”. Pancho, orgulhoso como sempre, ficou vermelho e calou. Perdeu a eleição! Foi no dia em que, sentado no Estádio de Talca, o do Rangers, com a minha irmã e o seu marido desse tempo, o quinta bisneto do Conde da Conquista, fui rodeado por um grupo de jovens uniformados, enquanto dois deles tiravam o meu corpo fora do Estádio para me matarem. Gritei: “Blanquitaaaaaa, MárioooooooooMas,”, com o barulho não ouviam, mas, felizmente Mário voltou-se para um comentário, não podia ver-me, mas reparou no facto e identificou-me. Eu estava a ser punido, explicavam os meus hipotéticos raptores, por ser um aristocrata a se rir do Presidente.

Fui identificado de imediato pela minha irmã e não fui raptado. Mas, vivi temido durante muito tempo. O meu fecho em casa tinha começado! Bem sabia eu que os opositores do Presidente assassinavam aos seus apoiantes. Eu estava sinalado como vítima, por ser marxista e Presidente do MAPU. Motivos conhecidos pela esquerda toda, essa infiltração da CIA em todos os movimentos, partidos e corridas a cargos! O Socialismo declarado Marxista, como era o PS chileno, não podia prosperar. O Partido Comunista chileno, entretanto, apoiante de Allende, antes tinha apoiado a Aguirre Cerda, António Ríos e do traidor González Videla, nasceu, em 1912, fundado pelo considerado pai dos movimentos operários chilenos, o tipógrafo Luís Emílio Recabarren . Foi e é um partido importante, mas a palavra Marxista Leninista como nome de família política, apoquentava à muitos dos seus seguidores e fãs. Eu próprio, em Cambridge, cansado de tanta luta, falei com o meu amigo Leonardo Ramírez, o Representante do meu Partido MAPU em Cambridge, e, após ter pensado imenso, falei com ele e disse da minha ideia de entrar ao PC Chileno, mais abrangente e definido que o MAPU. Leonardo, com essa fleuma natural em ele, diz. “Estimado Raúl, todos quieren mudar de Partido en la desesperación del exilio. Para mí, como tengo observado, tú eres un hombre sensato, debías esperar que todo acabe en Chile y ahí decides!” Tinha eu pouca paciência para as esperas e respondi que eu queria já entrar. Solicitei esse pedido ao PC chileno e aos seu representantes em Cambridge, que eram operários em exílio, trazidos por mi. Dizerem-me que era uma grande honra para eles e que, enquanto perguntavam a chefia central, sediada no Chile, eu podia ir as suas reuniões, se souber guardar silêncio! Mais tarde chegou a resposta: não tinha sido aceite por ser burguês, intelectual, académico e outras melancias, que nem queria recordar. Fiquei só, outra perda de família....Mas, no correr do tempo, aderi em Portugal ao Partido Socialista Revolucionário, e, a seguir, por causa da minha admiração pela obra de Mário Soares e dos meus amigos PS portugueses, os meu votos vão para eles.

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Notas:

Informado a mim, pela minha Advogada, a Dra. Manuela Neves Martins. O Código do Trabalho Português foi aprovado na Assembleia da República como lei n.º 99/2003de 27 de Agosto e entrou em vigor a 1 de Dezembro de 2003, como refere o sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=C%C3%B3digo+do+Trabalho+Portugu%C3%AAs&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= , reformulado pela lei, Actualizado até a Lei 9/2006, de 20/03, referido na página web: http://www.portolegal.com/CT2003.htm , referidos e definidos no Preâmbulo do Código e nos artigos 476e seguintes, por causa de Portugal ter estabelecido relações comerciais e do trabalho com os Países Membros da União Europeia, decretada, como estava, a liberdade de circular entre os países da União. Era preciso incluir aos denominados trabalhadores estrangeiros ou estrangeiros a trabalharem em Portugal, da mesma forma que nos outros países da União, era elaborada a legislação no mesmo sentido. Os trabalhadores portugueses deviam ou aderir aos Sindicatos do seu sítio de trabalho e guardar o vínculo com a sua própria união sindical. Era também preciso, saber como retirar dinheiro do salário para pagar despesas de saúde, de segurança social e de jubilação. Referido a mim pela já citada Advogada e retirado dos comentários ao Código, pagina Web: http://www.portolegal.com/CT2003.htm . O Código Português do Trabalho, é uma defessa do trabalhador, já muito transgredido na época da ditadura, derrubada a 25 de Abril de 1974. No artigo 480, N.º 2, diz: 2 - Não são aplicáveis às associações sindicais as normas do regime geral do direito de associação susceptíveis de determinar restrições inadmissíveis à liberdade de organização dos sindicatos. Retirado da referida página web desta nota de rodapé.

Texto no Nº6 da Revista, Dezembro de 1998, ao realizar esse reestudo de Vilatuxe, 20 anos depois: “A Oralidade e a escritura na construção do social”, onde debato as migrações a partir de uma foto encontrada por mim no palheiro da casa Medela do sítio da Paróquia denominado Gondoriz Pequeno. Refiro no texto que: “Ó “fazer falar uma velha fotografia encontrada en Vilatuxe en Galicia, ó ler e etender a través dela, toda uma época, demóstrase que hai moitas outras formas de comunicar e de lembrar mais aló da oralidade e da escritura”, texto escrito em luso-galaico, não gralha dizer aló, é a palavra usada na língua galega para dizer além página 57 do Nº6 referido da Revista, editado pela Galáxia. O texto está escrito em galego, e é de 10 páginas. Foi essa a minha sorte de encontrar uma outra maneira de falar com as pessoas e colocar questões aos descendentes dos fotografados, muitos deles desaparecidos já. Método usado por mim até o dia de hoje. Referida no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Revista+Estudios+Migratorios+Arquivo+da+Emigraci%C3%B3n+Galega+Consello+da+Cultura+Galega&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= e na página web: http://consellodacultura.org/mediateca/?m=2003
Ruca e casa de inquilino, podem ser diferentes ou a mesma coisa, depende do Século do qual se fala e da parte da História do Chile referida. Ruca provém da língua Mapudungum dos Mapuche e significa casa. Mais tarde, Séculos XIX e XX, especialmente Centro e Norte do Chile e para não haver confusão, as palavras mudaram e havia rucas dos nativos e casa de inquilinos, feitas em argila e palha ou casa de barro, que em Portugal também existem nas zonas rurais e aldeãs, raramente encontradas, pelo desenvolvimento dos Portugueses. O que tenho visto é casas de barro na aldeia de Vales, de Alfândega da Fé, normalmente casas de barro abandonadas ao se construir, ao pé da antiga casa desse barro, uma em cimento com azulejos dentro de casa e para decorar a parte de fora. No Chile de ontem, as casas continuavam a ser feitas de barro ou adobe, palavra chilena castiça para definir o material da construção da casa, referida no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Casa+inquilino+Chile+Rucas&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= , especialmente na opção: lasa.international.pitt.edu/Lasa2001/GoicovicDonosoIgor.pdf ,especialmente o texto HTML: http://66.102.9.104/search?q=cache:lh4cCcRGjXQJ:lasa.international.pitt.edu/Lasa2001/GoicovicDonosoIgor.pdf+Casa+inquilino+Chile+Rucas&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=3&gl=pt
A família De Ramón cantava e o seu nome artístico era Los de Ramón, gravaram discos de vinil, ainda não existia o Disco Compacto, e lucravam imenso com esse dinheiro, investido na propriedade de Colchagua. Referido na página web: http://www.profesorenlinea.cl/swf/links/frame_top.php?dest=http%3A//www.profesorenlinea.cl/biografias/DeRamonRaul.htm do sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Chile+Folclore+Conjunto++Los+de+Ram%C3%B3n&btnG=Pesquisar&meta=
O Código do Trabalho foi uma conquista do, nesses dias, Presidente da República Carlos Ibáñez del Campo, referido na enciclopédia on line, web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Chile , conquista do General Eleito pelo Parlamento para Governar o Chile, já que o Presidente Constitucional , Arturo Alessandri Palma, foi-se embora do Chile, ao renunciar o seu mandato presidencial, por própria vontade. Não resisto citar o que se diz na história, sobre este período: Com a vitória do Presidencialismo, Alessandri e Ibáñez se enfrentaram em uma disputa pela liderança. O primeiro desejava estabelecer um candidato único à Presidência, cargo que Ibáñes ambicionava. Este foi apoiado por um manifesto de vários políticos promovendo sua candidatura que parecia oficial apesar da negativa manifestada por Alessandri, produzindo a renúncia generalizada do gabinete. Diante dessa situação, Ibáñez publicou uma carta aberta ao Presidente recordando que só poderia governar emitindo decretos com a sua assinatura, já que era o único ministro do gabinete. Desta forma, o governo de Alessandri estava submetido às decisões de Ibáñez, algo que Alessandri não aguentaria: designou Luis Barros Borgoño como ministro do Interior e apresentou sua renúncia irrevogável, em 2 de outubro de 1925.
Barros Borgoño foi substituído por Emiliano Figueroa, que havia sido eleito como candidato do consenso entre os partidos políticos para enfrentar a crise política em que o país se encontrava. Contudo Ibáñez manteve-se como ministro do Interior. Figueroa não pôde controlar Ibáñez e terminou renunciando em 7 de abril de 1927 - fato que permitiu a Ibañéz assumir a Presidência diante da disponibilidade do cargo.
Durante seu governo criaram-se diversos organismos como a Linha Aérea Nacional, a Controladoria Geral da República, Carabineros do Chile e a Força Aérea do Chile. Além disso, promulgou-se o Código do Trabalho e firma-se o Tratado de Lima, em 3 de julho de 1929, que acaba com os problemas de fronteira com o Peru.Em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Chile
Legislação social. O Chile se destacou por possuir uma das legislações trabalhistas mais avançadas da América do Sul. Em 1924 foram promulgadas leis que regulamentavam o regime de contratação e o seguro de acidente de trabalho e de doença. Em 1931 criou-se o Código do Trabalho, que ampliou a legislação trabalhista anterior e, nos anos seguintes, a protecção social se ampliou com o Serviço de Seguro Social. A previdência ficou assegurada por meio de centros privados e do Serviço Nacional de Saúde, organismo vinculado ao Ministério da Saúde. A crise económica que atingiu o país na década de 1970, no entanto, e a filosofia antiestatizante do regime militar, reduziram fortemente os serviços da previdência social do estado. Informação retirada da página web: http://www.coladaweb.com/paises/chile.htm Este código não distinguia trabalho de adultos e trabalho de menores, bem como era una legislação para trabalhadores da cidade. O Presidente Ibáñez correu muito para formar e organizar o Código e esqueceu o que, mais tarde, em 1963, seria a obrigatoriedade do ensino para toas as crianças do país. Pelo que, cito mais uma vez a História do Chile, como exemplo de Educação para as crianças: Educação. A legislação educacional de 1965 estabeleceu a obrigatoriedade de escolarização de todos os chilenos (decreto do ensino entre 7 e 15 anos), e promoveu a renovação dos métodos pedagógicos e dos programas escolares.
O primeiro ciclo educacional, denominado ensino básico, vai dos 7 aos 12 anos e consta de três graus, com dois cursos cada um. Para cobrir o tempo de obrigatoriedade é acrescentado um quarto grau, o profissional. Ao terminar o primeiro ciclo, os alunos escolhem entre o ensino médio geral, o técnico ou o profissional, que dura seis anos. O ensino superior é ministrado em oito centros universitários, dos quais duas universidades são públicas (Universidade do Chile e Universidade Técnica, as duas em Santiago do Chile), duas são confessionais católicas (Santiago e Valparaíso) e quatro são leigas e particulares (Valparaíso, Concepción, Valdivia e Antofagasta). O país possui uma série de escolas profissionais dedicadas ao ensino de comércio, indústria e belas-artes. Ver em: http://www.coladaweb.com/paises/chile.htm


A fundação de sindicatos e do Partido Trabalhador Socialista 1912 permitiu o desenvolvimento do movimento operário nacionalmente. Os protestos começaram a se tornar cada vez maiores e mais violentos, demonstrando a incapacidade da classe dirigente para enfrentar os problemas que a nova sociedade industrial demandava, em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Chile
Esta forma de estruturar a economia, levou aos estudantes nazis e outros a se emboscarem na Universidade, para protestar.
Arturo Alessandri era membro do Partido Liberal, da classe burguesa acomodada e Governou o Chile entre q920-25 e 1930-36. Visite a página web, caso quiser saber mais: http://es.wikipedia.org/wiki/Arturo_Alessandri_Palma
ver em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Chile , bem como np sítio Net, já referido: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=+C%C3%B3digo+do+Trabalho+do+Chile+1927+Artigos+Sindicatos+&btnG=Pesquisar&meta=
Há uma pequena historia do PS chileno desse tempo: “Formalmente el Partido Socialista de Chile nace el 19 de abril de 1933, cuando se unifican 4 grupos de inspiración socialista, pero su historia se remonta a la segunda mitad del siglo XIX, cuando nacían las primeras manifestaciones organizadas de los trabajadores del país, la sociedades de socorro mutuo y los incipientes sindicatos, con el impulso de destacados intelectuales como Francisco Bilbao, Santiago Arcos o Eusebio Lillo. Ha sido una historia hecha de una continua vocación de innovar y de interpretar correctamente cada cambio época, manteniendo fijas sus ideas y valores centrales: la igualdad, la libertad y la solidaridad en el mundo del trabajo y entre los sectores excluidos y postergados de la sociedad. Por ello, su labor actual es lograr el más difuso bienestar y protección social para todas las chilenas y chilenos, y no sólo para los privilegiados de ayer y de hoy. Retirado de: http://www.pschile.cl/ps.php
El Partido Comunista de Chile (PCCh) es un partido político chileno que se define como un partido de raigambre obrera, campesina e intelectual, inspirado por el pensamiento de Karl Marx y Vladimilir Ilich Lenin. Entre los militantes más destacados y conocidos del Partido Comunista de Chile se encuentran: Luis Emilio Recabarren, Pablo Neruda, Víctor Jara, Gladys Marín, Violeta Parra, Volodia Teitelboim, entre otras personalidades conocidas. Luis Emilio Recabarren Serrano (*Valparaíso, 6 de julio de 1876 - † Santiago, 19 de diciembre de 1924) fue un destacado político Chileno de principios de siglo XX. Es considerado el padre del movimiento obrero chileno... Fue electo diputado por el Partido Demócrata en 1906, no pudo asumir el cargo porque se negó a prestar el juramento de rigor por ser agnóstico. Nuevamente fue perseguido por la justicia por sus incendiarias publicaciones en contra del gobierno de Chile, tuvo que huir, radicándose en Argentina. En ese país se incorporó a las filas del Partido Socialista. En 1908 viajó a Europa (España, Francia y Bélgica), regresando a su país a fines de ese año. Maravillado con la Revolución Rusa, tras el congreso partidario de enero de 1922, el se transformó en el Partido Comunista. Viajó a la URSS para participar en el Congreso de la Internacional Comunista. Regresó a Chile en febrero de 1923. En 1924 no quiso presentarse para la reelección de diputado. El 19 de diciembre del mismo año se suicidó.

(Continua)

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